

Legalize Já! – Crítica ★★★
Legalize Já! conta a história do encontro entre Marcelo D2 e Skunk até a formação da banda Planet Hemp.
Do ponto de vista da história, mesmo sendo densa e emocionante, acho que o recorte escolhido peca ao deixar de fora todo o background de seus personagens principais.
O filme falha também ao apresentar a afeição entre eles, já que não chega a ser vista claramente na tela. Os personagens permanecem afetivamente distantes durante quase toda a projeção.

O Homem da Máscara de Ferro – Crítica ★★★★
É um prazer rever um filme desses. Ele é um dos representantes de uma grande safra de filmes de época pré efeitos especiais. Sem piruetas ensaiadas, câmeras giratórias, personagens mágicos e cenários digitais fakes.
São tantos exemplos dos anos 90 e 2000, melhores ou piores, de filmes de aventura com grandes histórias e personagens inesquecíveis.

O Olho Mais Azul – Resenha
Em “O Olho Mais Azul”, a autora Toni Morrison nos traz os efeitos do racismo na sociedade e mostra como o preconceito se torna uma realidade e como a superioridade de uns sobre os outros se torna algo considerado “normal”.
Em seu posfácio de 1993, Toni Morrison não se diz 100% satisfeita com o resultado, mas a verdade é que, na medida do possível, a escritora, dona de um Nobel de Literatura, tornou essa experiência palpável para todos.
A narração, na voz de uma criança, favorece essa proximidade com a história. Desse ponto de vista, a balança do que é grave ou não, certo ou não, abominável ou não, não está regulada e cabe ao leitor dar essa medida.

Rei Arthur: A Lenda da Espada – Crítica ★
Quando fiz a crítica do novo Aladdin, da Disney, creditei a ela a culpa por alguns problemas, especialmente estéticos, do filme.
A verdade é que se eu tivesse assistido Rei Arthur, A Lenda da Espada antes, muito provavelmente responsabilizaria o diretor Guy Ritchie por seu fracasso visual.
O mundo construído por ele, tanto lá como cá, trazem problemas muito parecidos. Neste caso, o exagero da computação gráfica pobre na construção do universo só é ultrapassado pela adaptação horrorosa da lenda de Arthur e seus cavaleiros.

Aladdin (2019) – Crítica ★★
O que mais me incomoda nesses live-actions da Disney é o Design de Produção. Parece que eles ainda não conseguiram balancear o nível de fantasia e de realismo para suas adaptações, tornando a atmosfera dos filmes difíceis de engolir.
Em Aladdin, os figurinos são um exagero. Parecem fantasias de carnaval e não fazem jus ao contexto histórico e geográfico da obra.

O Avesso e o Direito – Resenha
“O Avesso e o Direito” foi a primeira obra publicada do autor francês (nascido na Argélia) quando tinha apenas 22 anos. A republicação deste texto foi proibida durante muito tempo pelo próprio Camus, que só a autorizou em 1958 acrescentando, em um prefácio maravilhoso, suas justificativas.
Sobre “O avesso e o direito” Camus afirma haver uma certa imaturidade na obra, mas também declara que “Há mais amor verdadeiro nestas páginas do que em todas as que se seguiram”. Esta não é só a obra inicial de Camus, é princípio e fim em si mesma, pois o autor já revela aqui sua visão de mundo e sobre si mesmo.

Entre Vinho e Vinagre – Crítica ★★★
A estreante na direção Amy Poehler também atua nessa comédia do Netflix que traz grande parte do elenco do Saturday Night Live.
O roteiro é simples: para comemorar o aniversário de 50 anos de Rebecca (Rachel Dratch) 6 amigas decidem passar o fim de semana na região de Napa Valley, famosa rota de vinhos da Califórnia.

A Outra Mulher – Crítica ★★
“Amoureux de ma femme”, filme francês dirigido por Daniel Auteuil é baseado na peça protagonizada por ele: “L’envers du décor” de Florian Zeller.
O filme de 1h25 se passa quase inteiramente durante um jantar na casa do protagonista, vivido por Daniel (Auteuil) e sua esposa Isabelle (Sandrine Kiberlain). Os convidados são seu melhor amigo Patrick (Gérard Depardieu) e sua nova namorada Emma (Adriana Ugarte), 30 anos mais nova.

O Sonho dos Heróis – Resenha
A sinopse de “O sonho dos heróis” promete uma aventura em busca de uma memória perdida: a do carnaval de 1927 em que o jovem Emílio Gauna convida seus amigos para 3 dias alucinantes.
A frustração com o livro talvez venha desta promessa que não se cumpre efetivamente. Ao retornar do Carnaval com falhas lembranças, Gauna não busca respostas imediatamente e não parece estar obcecado com esta ideia. Só retomamos esse tema na segunda metade do livro, quando já não nos parece tão importante assim qualquer esclarecimento da farra de 27.

O Protetor 2 – Crítica ★★
Ruim, fraco, sem razão de existir.
Sabe quando você assiste a um filme e fica esperando acontecer alguma coisa que não seja óbvia. Esse é o caso de O Protetor 2.
Denzel Washington no piloto automático em uma atuação burocrática e enfadonha. O personagem não tem carisma, nem força, nem estilo próprio e não consegue convencer o espectador de suas habilidades de luta e conhecimentos investigativos.

Vingadores: Ultimato – Crítica ★★★★★
Vingadores: End Game, Ultimato, último ato.
E que ato.
Já é de impressionar o fato de existir um filme como esse.
A grandiosidade dessa jornada de 22 longas do universo cinematográfico da Marvel só será medida daqui a alguns anos, mas sinto que realmente estamos vivenciando algo histórico.

Muito Além do Inverno – Resenha
Em meio a uma forte nevasca em Nova York uma aventura inusitada reúne 3 personagens muito diferentes, mas que se solidarizam pelas suas histórias.
Richard Bowmaster é americano, professor universitário, com cerca de 60 anos, e passou anos da sua juventude no Brasil.
Lúcia Maraz nasceu no Chile e viveu o período de ditadura militar. Hoje, também com seus 60 anos, mora no Brooklin e é professora convidada na universidade de Richard.

O Homem Irracional – Crítica ★★★★
Ah Woody Allen. Eu queria tanto que você não fosse você.
Envolto a denúncias de abuso sexual predatório e pedofilia, o diretor não se cansa de lançar filmes. Não posso dizer que vi muitos, pois sua produção imparável já conta com mais de 40 longas, mas posso dizer que já vi uma porção.
E é quase sempre bom, algumas vezes muito bom ou até excelente. Fato é que as obras do diretor são sempre reflexivas e muitas vezes questionam a sensatez humana dentro de um mundo insanamente ordinário.

Star Wars: O Despertar da Força – Crítica ★★★★★
Star Wars: O Despertar da Força é um filme que investe na nostalgia dos Fãs e aposta na repetição da fórmula original para cativar a nova geração.
A ideia do diretor J.J. Abrams, apesar de pouco inovadora, funciona muito bem. A estrutura do roteiro se baseia inteiramente no filme original de 1977 e em dado momento você percebe que está vendo uma versão mais nova da história de Star Wars: Episódio IV, Uma Nova Esperança.
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O Evangelho Segundo Jesus Cristo – Resenha
Para quem gosta de José Saramago conhecer o livro que motivou a sua saída de Portugal para morar em Lanzarote é fundamental.
O próprio autor, sendo ateu, reconheceu a sua surpresa ao escrever a sua versão da vida de Jesus Cristo.
O que mais se destaca desta obra é a humanização do protagonista. Jesus é o filho adolescente com seus problemas com a mãe e os irmãos, é o amante de Maria Madalena e chega a recusar o seu lugar de “escolhido de Deus”.

Nós – Crítica ★★★★
Definitivamente Jordan Peele não é um diretor comum.
O vencedor do Oscar apresenta mais um projeto estranho, original e cheio de alegorias.
Diferente do aclamado Get Out!, que parecia uma mistura de gêneros, Us é claramente um filme de terror. O roteirista/diretor abraça totalmente o estilo, fazendo uso até de alguns clichês.

O Velho e a Arma – Crítica ★★★
Escolhido por Robert Redford para sua despedida como ator, The Old Man & the Gun tem muitos elementos de um clássico, mas peca em algumas escolhas e pela falta de ritmo.
O que funciona realmente no filme é a legítima e merecida homenagem ao grande astro. Seu personagem é elegante, carismático, educado, charmoso e rebelde. Em vários momentos, o filme faz lembrar diversos outros papéis que marcaram a carreira desse talentoso artista.

Thor: Ragnarok – Crítica ★★★★
Thor, MCU(Marvel Cinematic Universe) e Chris Hemsworthfinalmente se encontraram.
Depois de dois filmes solos fraquíssimos e ótimas participações do herói nos dois filmes dos Vingadores, a Marvel decidiu mudar de vez o tom do personagem. E a escolha de Taika Waititi para dirigir o longa mostra claramente quais eras suas as intenções.

November 13: Attack on Paris ★★★★
O documentário da Netflix, divido em 3 partes de 45 minutos, relata detalhadamente os atentados ocorridos em Paris no dia 13 de novembro de 2015.
Depoimentos de sobreviventes, socorristas e figuras públicas, incluindo o Presidente François Hollande, apresentam de diferentes pontos de vista sua experiência nessa noite de terror.

A Cor Púrpura – Resenha
A cor púrpura foi escrito em 1983 por Alice Walker, mulher negra norte-americana, escritora, poetisa e ativista feminista.
O livro conta a história de Celie, mulher negra norte-americana, semianalfabeta, na América dos anos 1900-1940. A personagem conta sua própria história por meio de cartas que escreve primeiro para Deus e depois para sua irmã Nattie.